Poliqueta é uma classe de anelídeo que inclui cerca de 8.000 espécies de vermes aquáticos. O nome deriva do grego (poly + chaeta que significa muitas cerdas), numa referência às cerdas que lhes cobrem o corpo. A grande maioria das espécies é típica de ambiente marinho, mas algumas formas ocupam ambientes de água doce ou salobra. Podem ser de vida livre (rastejadores ou pelágicos) ou sedentários (cavadores, tubícolas ou perfuradores); porém, nem sempre é possível distinguir o hábito de vida. Muitas espécies de poliquetas são coloridas e algumas são iridescentes. De maneira geral, são indivíduos segmentados, de forma cilíndrica, com leve achatamento dorso-ventral, com um par de parapódios em cada segmento. São dotados de prostômio bem desenvolvido com palpos ou cirros (órgãos sensoriais) na extremidade anterior, mas não é considerado como o primeiro segmento, sendo este o peristômio. A boca localiza-se ventralmente entre o prostômio e o peristômio; já o pigídio é um segmento não-celomado terminal, onde fica o ânus. Os poliquetas distribuem-se na coluna de água desde a zona intertidal até profundidades de 5.000 metros. Os poliquetas medem de 5 a 10 cm de comprimento, em média, mas há espécies com apenas 2 milímetros e outras que atingem 3 metros.
Os poliquetas são animais dióicos (embora apresente algumas exceções hermafroditas na família Serpullidae) e a reprodução é geralmente sexuada. As gônadas de poliquetas são órgãos pareados e segmentares. Na maioria dos poliquetas as gônadas estão presentes na maioria dos segmentos, enquanto que, em algumas espécies as gônadas estão presentes apenas em certos segmentos (segmentos genitais). As células germinativas são liberadas no celoma, onde passam por diferenciação e amadurecem, sendo os gametas posteriormente liberados na água através dos metanefrídeos ou pela simples ruptura da parede do corpo. A fecundação é externa e o desenvolvimento indireto.
terça-feira, 4 de março de 2014
Hirudineo
Uma sanguessuga é um anelídeo da classe ou infraclasse Hirudinea (antigamente chamados Aquetas, ou seja, sem cerdas, contrariamente às outras classes ou infraclasses do seu filo) que se alimenta de geralmente do sangue de outros animais (hematófago), embora muitas sanguessugas sejam predadoras carnívoras e não hematófagas. São animais hermafroditas, não possuem cerdas e possuem ventosas para sua fixação. A palavra Hirudinea vem do latim hirudo (sanguessuga). As sanguessugas produzem uma substância anticoagulante denominada hirudina.
Alimenta-se do sangue das suas vítimas, podendo ingerir uma quantidade de sangue 500 vezes superior ao seu próprio volume. Ao aderir ao corpo do ser vivo de que se alimenta, secreta um anticoagulante que leva o sangue a circular sem estancar. A sanguessuga não é apenas hematófaga, muitas espécies podem ser predadoras alimentando-se de vermes, caramujos e larvas de insetos, além de matéria orgânica.
Alimenta-se do sangue das suas vítimas, podendo ingerir uma quantidade de sangue 500 vezes superior ao seu próprio volume. Ao aderir ao corpo do ser vivo de que se alimenta, secreta um anticoagulante que leva o sangue a circular sem estancar. A sanguessuga não é apenas hematófaga, muitas espécies podem ser predadoras alimentando-se de vermes, caramujos e larvas de insetos, além de matéria orgânica.
Oligoquetas
Oligochaeta ou oligoqueta (do Latim oligos=pouco, chaeta=cerda; ou "poucas cerdas") é uma subclasse de animais que possuem o corpo constituído de segmentos que lembram anéis. São metaméricos, triblásticos, celomados e com simetria bilateral. Habitam o solo e corpos aquáticos tanto de água doce (lagoas, açudes, rios, etc.) quanto salgada (mar). O animal mais representativo deste grupo é a minhoca.
Todos os Oligochaeta são hermafroditas, podendo reproduz-se sexuadamente ou assexuadamente. Na reprodução sexuada, os animais se fixam em posições opostas e trocam esperma, os quais ficam alojados nas espermatecas. A fecundação na maioria dos casos é externa (a exceção é a família Eudrilidae). Ocorre quando um casulo é produzido pelo clitelo e este, ao deslizar para a região anterior do corpo do animal recebe o(s) ovo(s) e o esperma, respectivamente. Na reprodução assexuada, podem reproduzir por fragmentação, o que não é muito comum.
Todos os Oligochaeta são hermafroditas, podendo reproduz-se sexuadamente ou assexuadamente. Na reprodução sexuada, os animais se fixam em posições opostas e trocam esperma, os quais ficam alojados nas espermatecas. A fecundação na maioria dos casos é externa (a exceção é a família Eudrilidae). Ocorre quando um casulo é produzido pelo clitelo e este, ao deslizar para a região anterior do corpo do animal recebe o(s) ovo(s) e o esperma, respectivamente. Na reprodução assexuada, podem reproduzir por fragmentação, o que não é muito comum.
Anelídeos
A característica mais peculiar do filo é a metametria, ou seja, a divisão do corpo em partes similares, ou segmentos, que estão dispostos em uma série linear ao longo antero-posterior.
Os anelídeos são animais com corpo alongado, com simetria lateral, segmentado, triblásticos, protostómios e celomados, ou seja, com a cavidade do corpo preenchida de um fluido, onde o intestino e os outros órgãos se encontram suspensos.
Os oligoquetos e os poliquetos possuem celoma grande, mas, nas sanguessugas, o celoma está preenchido por tecidos e é reduzido a um sistema de estreitos canais; em alguns arquianelídeos o celoma está completamente ausente. O celoma pode estar dividido numa série de compartimentos por septos. Em geral, cada compartimento corresponde a um segmento e inclui uma porção dos sistemas nervoso e circulatório, permitindo-lhes funcionar com relativa independência. Cada segmento está dividido externamente em um ou mais anéis, sendo coberto por uma cutícula segregada pela epiderme e, internamente, possui um fino sistema de músculos longitudinais. Estas características são parcialmente comuns aos nemátodos e aos artrópodes e, por isso, eles foram durante algum tempo colocados no mesmo grupo sistemático, o filo Articulata, mas estudos mais recentes revelaram que essas características devem ser consideradas como convergências evolutivas.
Nas minhocas (Oligochaeta), os músculos são reforçados por lamelas de colagênio; as sanguessugas (Hirudinea) têm uma camada dupla de músculos, sendo os exteriores circulares e os interiores longitudinais, o músculo oblico se situa entre esses músculos. Os Hirudineas possuem também músculos dorso-vetrais.
A maioria dos anelídeos possui, em cada segmento, um par de cerdas, mas os Polychaeta (minhocas marinhas) possuem ainda um par de apêndices denominados parapódios (ou "falsos pés"). Na extremidade anterior do corpo, antes dos verdadeiros segmentos - a cabeça -, encontra-se o protostómio onde podem ser encontrados os olhos e outros órgãos dos sentidos. No segmento seguinte, peristómio, encontra-se a boca. A extremidade posterior do corpo é o pigídio, onde está localizado o ânus e células com capacidade de diferenciação nos diversos tecidos, durante o crescimento. Muitos poliquetos possuem órgãos de sentidos bastante elaborados, mas as formas sésseis muitas vezes apresentam tentáculos em forma de pluma, que eles utilizam para se alimentarem. Para além disso, muitas espécies têm fortes maxilas, por vezes mineralizadas com óxido de ferro.
O sistema digestório dos anelídeos é completo, com a boca situada no primeiro segmento corporal e o ânus localizado no último segmento. A digestão é extracelular, o tubo digestivo é bastante especializado, devido à variedade das dietas. Muitas espécies são predadoras, como, por exemplo, os poliquetos carnívoros que possuem mandíbulas para a captura de alimento; outras são detritívoras; as minhocas possuem cecos intestinais e tifossole que aumenta a absorção do alimento; outras alimentam-se por filtração, outras ainda ingerem sedimentos, dos quais o intestino tem de separar a parte nutritiva; finalmente, as sanguessugas alimentam-se de sangue de outros animais, por sucção.
O sistema circulatório dos anelídeos é fechado, formado por vasos sanguíneos interligados, composto por um vaso sanguíneo dorsal que leva o "sangue" no sentido da posterior e outro ventral, que o traz na direcção oposta; em cada segmento, existe um par de vasos sanguíneos laterais, conectando os vasos longitudinais dorsal e ventral.
O sistema nervoso dos anelídeos é formado por um par de gânglios cerebrais, que está localizado dorsalmente sobre a faringe e por dois cordões nervosos ventrais , com um par de gânglios por metâmero.Várias espécies marinhas de anelídeo possuem órgãos sensoriais bem desenvolvidos, como, por exemplo, tentáculos , olhos e papilas sensoriais. A Sabela, a Sérpula e o Espirógrafo são anelídeos sedentários e possuem numerosas sedas. Ligam-se ao solo através de um tubo feito do líquido que segregam e a que juntam areia e pedra. O Espirógrafo apresenta, tal como o seu nome indica, a forma de espiral.
A forma de reprodução dos anelídeos varia de espécie para espécie, podendo ser tanto assexuada como sexuada. Um exemplo, são as minhocas que embora sejam animais hermafroditas, pode ou não ser necessário duas minhocas para a reprodução. Elas se unem de forma a ficarem os poros masculinos de uma encostados aos receptáculos seminais de outra, possibilitando, assim, a fecundação dos óvulos pelos espermatozoides. Caso a reprodução seja assexuada, os óvulos e os espermatozoides da própria minhoca (o receptáculo seminal está sem espermatozoide caso a reprodução seja assexuada) são liberados e agregados ao muco liberado pelo clitelo. O indivíduo formado é geneticamente igual ao seu progenitor.
Veja outros artigos:
Poliquetas
Hirudinea
Oligoqueta
Os anelídeos são animais com corpo alongado, com simetria lateral, segmentado, triblásticos, protostómios e celomados, ou seja, com a cavidade do corpo preenchida de um fluido, onde o intestino e os outros órgãos se encontram suspensos.
Os oligoquetos e os poliquetos possuem celoma grande, mas, nas sanguessugas, o celoma está preenchido por tecidos e é reduzido a um sistema de estreitos canais; em alguns arquianelídeos o celoma está completamente ausente. O celoma pode estar dividido numa série de compartimentos por septos. Em geral, cada compartimento corresponde a um segmento e inclui uma porção dos sistemas nervoso e circulatório, permitindo-lhes funcionar com relativa independência. Cada segmento está dividido externamente em um ou mais anéis, sendo coberto por uma cutícula segregada pela epiderme e, internamente, possui um fino sistema de músculos longitudinais. Estas características são parcialmente comuns aos nemátodos e aos artrópodes e, por isso, eles foram durante algum tempo colocados no mesmo grupo sistemático, o filo Articulata, mas estudos mais recentes revelaram que essas características devem ser consideradas como convergências evolutivas.
Nas minhocas (Oligochaeta), os músculos são reforçados por lamelas de colagênio; as sanguessugas (Hirudinea) têm uma camada dupla de músculos, sendo os exteriores circulares e os interiores longitudinais, o músculo oblico se situa entre esses músculos. Os Hirudineas possuem também músculos dorso-vetrais.
A maioria dos anelídeos possui, em cada segmento, um par de cerdas, mas os Polychaeta (minhocas marinhas) possuem ainda um par de apêndices denominados parapódios (ou "falsos pés"). Na extremidade anterior do corpo, antes dos verdadeiros segmentos - a cabeça -, encontra-se o protostómio onde podem ser encontrados os olhos e outros órgãos dos sentidos. No segmento seguinte, peristómio, encontra-se a boca. A extremidade posterior do corpo é o pigídio, onde está localizado o ânus e células com capacidade de diferenciação nos diversos tecidos, durante o crescimento. Muitos poliquetos possuem órgãos de sentidos bastante elaborados, mas as formas sésseis muitas vezes apresentam tentáculos em forma de pluma, que eles utilizam para se alimentarem. Para além disso, muitas espécies têm fortes maxilas, por vezes mineralizadas com óxido de ferro.
O sistema digestório dos anelídeos é completo, com a boca situada no primeiro segmento corporal e o ânus localizado no último segmento. A digestão é extracelular, o tubo digestivo é bastante especializado, devido à variedade das dietas. Muitas espécies são predadoras, como, por exemplo, os poliquetos carnívoros que possuem mandíbulas para a captura de alimento; outras são detritívoras; as minhocas possuem cecos intestinais e tifossole que aumenta a absorção do alimento; outras alimentam-se por filtração, outras ainda ingerem sedimentos, dos quais o intestino tem de separar a parte nutritiva; finalmente, as sanguessugas alimentam-se de sangue de outros animais, por sucção.
O sistema circulatório dos anelídeos é fechado, formado por vasos sanguíneos interligados, composto por um vaso sanguíneo dorsal que leva o "sangue" no sentido da posterior e outro ventral, que o traz na direcção oposta; em cada segmento, existe um par de vasos sanguíneos laterais, conectando os vasos longitudinais dorsal e ventral.
O sistema nervoso dos anelídeos é formado por um par de gânglios cerebrais, que está localizado dorsalmente sobre a faringe e por dois cordões nervosos ventrais , com um par de gânglios por metâmero.Várias espécies marinhas de anelídeo possuem órgãos sensoriais bem desenvolvidos, como, por exemplo, tentáculos , olhos e papilas sensoriais. A Sabela, a Sérpula e o Espirógrafo são anelídeos sedentários e possuem numerosas sedas. Ligam-se ao solo através de um tubo feito do líquido que segregam e a que juntam areia e pedra. O Espirógrafo apresenta, tal como o seu nome indica, a forma de espiral.
A forma de reprodução dos anelídeos varia de espécie para espécie, podendo ser tanto assexuada como sexuada. Um exemplo, são as minhocas que embora sejam animais hermafroditas, pode ou não ser necessário duas minhocas para a reprodução. Elas se unem de forma a ficarem os poros masculinos de uma encostados aos receptáculos seminais de outra, possibilitando, assim, a fecundação dos óvulos pelos espermatozoides. Caso a reprodução seja assexuada, os óvulos e os espermatozoides da própria minhoca (o receptáculo seminal está sem espermatozoide caso a reprodução seja assexuada) são liberados e agregados ao muco liberado pelo clitelo. O indivíduo formado é geneticamente igual ao seu progenitor.
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segunda-feira, 3 de março de 2014
Bivalves
Em biologia, bivalvia (do latim bi, duplicado + valva, porta de duas folhas, valva) anteriormente Pelecypoda e Lamellibranchia, é a classe do filo Mollusca que inclui os animais aquáticos popularmente designados por bivalves. Estes organismos caracterizam-se pela presença de uma concha carbonatada formada por duas valvas. Esta concha protege o corpo do molusco, entre elas há o pé muscular e os sifões inalantes e exalantes para a entrada e saída da água, que traz oxigênio, depois absorvido por difusão direta pelas lâminas branquiais, assim como alimento e também aumenta o risco de intoxicações, pois este tipo de alimentação é comum em animais fixos representando um grande risco caso a ostra e/ou marisco entre em contato com poluição. O grupo surgiu no Câmbrico e é atualmente muito diversificado, com cerca de 15,000 espécies. A separação das diferentes subclasses faz-se pelo tipo e estrutura das brânquias nos organismos vivos, e pelas características das valvas nos bivalves fósseis. O mexilhão, a amêijoa e a conquilha são exemplos populares de bivalves que servem como alimento ao Homem. As ostras são também a origem das pérolas.
A concha dos bivalves é em primeira análise semelhante à dos braquiópodes, uma vez que é constituída por duas valvas. A principal diferença reside no facto de, nos braquiópodes, as duas valvas serem desiguais (inequivalves) mas simétricas em relação a um plano médio imaginário. Pelo contrário, nos bivalves, as valvas são iguais mas inequilaterais, estando o plano de simetria paralelo à charneira.
As duas valvas são unidas por ligamentos e músculos adutores. O ligamento, composto pelo resílio e tensílio, controla a abertura das valvas que se dá quando esta estrutura está em reposo. O bivalve fecha a concha através da contração dos músculos adutores, que podem ser um ou dois, conforme a espécie. A geometria e distribuição das cicatrizes dos músculos adutores no interior da valva é um critério importante na classificação dos bivalves atuais e fósseis. A zona mais antiga da valva é o umbo, uma saliência localizada na zona antero-dorsal de cada valva, em torno da qual se dispõem linhas de crescimento radiais.
A concha dos bivalves é em primeira análise semelhante à dos braquiópodes, uma vez que é constituída por duas valvas. A principal diferença reside no facto de, nos braquiópodes, as duas valvas serem desiguais (inequivalves) mas simétricas em relação a um plano médio imaginário. Pelo contrário, nos bivalves, as valvas são iguais mas inequilaterais, estando o plano de simetria paralelo à charneira.
As duas valvas são unidas por ligamentos e músculos adutores. O ligamento, composto pelo resílio e tensílio, controla a abertura das valvas que se dá quando esta estrutura está em reposo. O bivalve fecha a concha através da contração dos músculos adutores, que podem ser um ou dois, conforme a espécie. A geometria e distribuição das cicatrizes dos músculos adutores no interior da valva é um critério importante na classificação dos bivalves atuais e fósseis. A zona mais antiga da valva é o umbo, uma saliência localizada na zona antero-dorsal de cada valva, em torno da qual se dispõem linhas de crescimento radiais.
Gastrópodes
Os gastrópodes (Gastropoda, do grego gaster, estômago + pous, podos, pé) constituem uma grande classe de moluscos: lesmas, caracóis e caramujos definida pela primeira vez por Georges Cuvier em 1797 , sendo a mais bem sucedida dentro do seu filo. Conta com cerca de 60 mil a 75 mil espécies atuais que incluem os caracóis e lesmas terrestres, bem como um grande número de formas marinhas e de água doce . O registo fóssil dos gastrópodes é igualmente abundante.
Os primeiros gastrópodes surgiram em ambiente marinho, no Câmbrico superior e diversificaram-se rapidamente. No Ordovícico o grupo estava já presente numa grande variedade de ambientes aquáticos, incluindo de água salobra e doce, mas ao longo de todo o Paleozóico a classe dominante de moluscos foram os bivalves.
O primeiro exemplo de gastrópode terrestre surge em níveis de carvão do Carbónico da Europa, mas até ao Mesozóico estas formas são raras. O género Helix, que inclui as espécies mais familiares de caracol durante o Cretácico.
No início do Cenozóico, marcada pelo evento KT, os gastrópodes tornam-se muito abundantes e mais diversificados, com todos os grupos atuais já individualizados.
Os primeiros gastrópodes surgiram em ambiente marinho, no Câmbrico superior e diversificaram-se rapidamente. No Ordovícico o grupo estava já presente numa grande variedade de ambientes aquáticos, incluindo de água salobra e doce, mas ao longo de todo o Paleozóico a classe dominante de moluscos foram os bivalves.
O primeiro exemplo de gastrópode terrestre surge em níveis de carvão do Carbónico da Europa, mas até ao Mesozóico estas formas são raras. O género Helix, que inclui as espécies mais familiares de caracol durante o Cretácico.
No início do Cenozóico, marcada pelo evento KT, os gastrópodes tornam-se muito abundantes e mais diversificados, com todos os grupos atuais já individualizados.
Cefalópodes
Os Cefalópodes (Cephalopoda, do grego kephale, cabeça + pous, podos, pé) são a classe de moluscos marinhos a que pertencem os polvos, as lulas e os chocos.
Os cefalópodes apresentam um corpo com simetria bilateral. Na cabeça encontram-se olhos bem desenvolvidos, a boca redonda, com um bico quitinoso e a rádula, rodeada por braços e tentáculos, que são uma modificação do pé dos moluscos. A concha é produzida por glândulas presentes numa "prega" da pele, chamada de manto, que envolve todo o animal. A pele contém células pigmentadas, chamadas cromatóforos, que mudam de cor para efeitos de comunicação e camuflagem; esta mudança de cores é dada por ações nervosas diretas. Os estatocistos são os órgãos de equilíbrio.
São animais extremamente rápidos, tendo desenvolvido um sistema de propulsão na forma de jato, expelindo água da cavidade paleal para o exterior através dum tubo em forma de funil, o sifão.
A concha está ausente nos polvos, é interna nos chocos e lulas e é externa no nautilus. No argonauta, a fêmea em época de reprodução segrega uma concha externa. As lulas e polvos apresentam a chamada "glândula de tinta". Quando o animal é atacado, ele elimina o conteúdo preto da glândula, que o envolve em uma nuvem escura e lhe permite fugir do inimigo. Essa tinta é o famoso nanquim utilizado por pintores orientais.
Conhecem-se cerca de 800 espécies atuais de cefalópodes e duas importantes sub-classes de cefalópodes fósseis, incluindo os amonóides desaparecidos na extinção K-T.
Os sexos são separados e a fecundação ocorre dentro da cavidade paleal da fêmea, onde o macho coloca espermatóforos com um braço modificado, chamado hectocótilo. O desenvolvimento é direto. Estes animais geralmente se reproduzem apenas uma vez na vida, morrendo após a fecundação. Em algumas espécies, a fêmea protege os ovos sem se alimentar e morre logo após o nascimento dos filhotes.
Os cefalópodes apresentam um corpo com simetria bilateral. Na cabeça encontram-se olhos bem desenvolvidos, a boca redonda, com um bico quitinoso e a rádula, rodeada por braços e tentáculos, que são uma modificação do pé dos moluscos. A concha é produzida por glândulas presentes numa "prega" da pele, chamada de manto, que envolve todo o animal. A pele contém células pigmentadas, chamadas cromatóforos, que mudam de cor para efeitos de comunicação e camuflagem; esta mudança de cores é dada por ações nervosas diretas. Os estatocistos são os órgãos de equilíbrio.
São animais extremamente rápidos, tendo desenvolvido um sistema de propulsão na forma de jato, expelindo água da cavidade paleal para o exterior através dum tubo em forma de funil, o sifão.
A concha está ausente nos polvos, é interna nos chocos e lulas e é externa no nautilus. No argonauta, a fêmea em época de reprodução segrega uma concha externa. As lulas e polvos apresentam a chamada "glândula de tinta". Quando o animal é atacado, ele elimina o conteúdo preto da glândula, que o envolve em uma nuvem escura e lhe permite fugir do inimigo. Essa tinta é o famoso nanquim utilizado por pintores orientais.
Conhecem-se cerca de 800 espécies atuais de cefalópodes e duas importantes sub-classes de cefalópodes fósseis, incluindo os amonóides desaparecidos na extinção K-T.
Os sexos são separados e a fecundação ocorre dentro da cavidade paleal da fêmea, onde o macho coloca espermatóforos com um braço modificado, chamado hectocótilo. O desenvolvimento é direto. Estes animais geralmente se reproduzem apenas uma vez na vida, morrendo após a fecundação. Em algumas espécies, a fêmea protege os ovos sem se alimentar e morre logo após o nascimento dos filhotes.
Moluscos
Os moluscos (Mollusca, do latim molluscus, mole) constituem um grande filo de animais invertebrados, marinhos, de água doce ou terrestres, que compreende seres vivos como os caramujos, as ostras e as lulas.
Tais animais têm um corpo mole e não-segmentado, muitas vezes dividido em cabeça (com os órgãos dos sentidos), um pé muscular e um manto que protege uma parte do corpo e que muitas vezes secreta uma concha. A maior parte dos moluscos são aquáticos, mas existem muitas formas terrestres como os caracóis.
A biologia dos moluscos é estudada pela malacologia, mas as conchas - ainda do ponto de vista biológico, não do ponto de vista dos colecionadores - são estudadas pelos concologistas.
O filo Mollusca é o segundo filo com a maior diversidade de espécies, depois dos Artrópodes, (cerca de 93 000 espécies viventes confirmadas e até 200 000 espécies viventes estimadas , e 70 000 espécies fósseis ) e inclui uma variedade de animais muito familiares. Essa popularidade deve-se, em grande parte, às conchas desses animais que servem como peças para colecionadores. O filo abrange formas tais como as ostras, as lulas, os polvos e os caramujos.
Os moluscos são variados e diversos, incluindo várias criaturas familiares conhecidas pelas suas conchas decorativas ou como marisco. Variam desde os pequenos caracóis e amêijoas até ao polvo e à lula (que são considerados os invertebrados mais inteligentes). A lula-gigante é possivelmente o maior invertebrado, e, exceptando as suas larvas e, para além de alguns espécimes jovens recentemente capturados, nunca foi observada viva. A lula-colossal poderá ser ainda maior, uma lula-colossal foi encontrada congelada por pescadores, o comprimento da lula chegou a aproximadamente catorze metros e pesando cerca de 450 quilos.
Possuem um sistema digestivo completo (da boca ao ânus). Os gastrópodes e os cefalópodes apresentam uma estrutura chamada rádula, formada por dentículos quitinosos que raspam o alimento.
Os bivalves apresentam um estilete cristalino, responsável por colaborar na digestão ao libertar enzimas digestivas.
O sistema circulatório é aberto, com exceção dos cefalópodes, que exigem alta pressão por se locomoverem rapidamente.
Os moluscos também possuem uma grande importância nas cadeias alimentares, sendo detritívoros, consumidores de microrganismos, predadores de grandes presas (peixes, vermes...) e herbívoros (alimentando-se assim de algas e outras plantas).
Os moluscos têm reprodução sexuada, apresentam sexos separados. Os espermatozoides podem ser liberados na água ou dentro do corpo da fêmea.
A fecundação pode ser externa onde o macho solta o espermatozoide e a fêmea o óvulo, os dois juntam dando origem ao indivíduo ou a reprodução interna onde o espermatozoide é liberado no corpo da fêmea.
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Cefalópodes
Gastrópodes
Bivalves
Tais animais têm um corpo mole e não-segmentado, muitas vezes dividido em cabeça (com os órgãos dos sentidos), um pé muscular e um manto que protege uma parte do corpo e que muitas vezes secreta uma concha. A maior parte dos moluscos são aquáticos, mas existem muitas formas terrestres como os caracóis.
A biologia dos moluscos é estudada pela malacologia, mas as conchas - ainda do ponto de vista biológico, não do ponto de vista dos colecionadores - são estudadas pelos concologistas.
O filo Mollusca é o segundo filo com a maior diversidade de espécies, depois dos Artrópodes, (cerca de 93 000 espécies viventes confirmadas e até 200 000 espécies viventes estimadas , e 70 000 espécies fósseis ) e inclui uma variedade de animais muito familiares. Essa popularidade deve-se, em grande parte, às conchas desses animais que servem como peças para colecionadores. O filo abrange formas tais como as ostras, as lulas, os polvos e os caramujos.
Os moluscos são variados e diversos, incluindo várias criaturas familiares conhecidas pelas suas conchas decorativas ou como marisco. Variam desde os pequenos caracóis e amêijoas até ao polvo e à lula (que são considerados os invertebrados mais inteligentes). A lula-gigante é possivelmente o maior invertebrado, e, exceptando as suas larvas e, para além de alguns espécimes jovens recentemente capturados, nunca foi observada viva. A lula-colossal poderá ser ainda maior, uma lula-colossal foi encontrada congelada por pescadores, o comprimento da lula chegou a aproximadamente catorze metros e pesando cerca de 450 quilos.
Possuem um sistema digestivo completo (da boca ao ânus). Os gastrópodes e os cefalópodes apresentam uma estrutura chamada rádula, formada por dentículos quitinosos que raspam o alimento.
Os bivalves apresentam um estilete cristalino, responsável por colaborar na digestão ao libertar enzimas digestivas.
O sistema circulatório é aberto, com exceção dos cefalópodes, que exigem alta pressão por se locomoverem rapidamente.
Os moluscos também possuem uma grande importância nas cadeias alimentares, sendo detritívoros, consumidores de microrganismos, predadores de grandes presas (peixes, vermes...) e herbívoros (alimentando-se assim de algas e outras plantas).
Os moluscos têm reprodução sexuada, apresentam sexos separados. Os espermatozoides podem ser liberados na água ou dentro do corpo da fêmea.
A fecundação pode ser externa onde o macho solta o espermatozoide e a fêmea o óvulo, os dois juntam dando origem ao indivíduo ou a reprodução interna onde o espermatozoide é liberado no corpo da fêmea.
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Cefalópodes
Gastrópodes
Bivalves
Crustáceos
Os crustáceos são invertebrados artrópodes. O grupo é bastante numeroso e diversificado e inclui cerca de 50 000 espécies descritas. A maioria dos crustáceos são organismos marinhos, como as lagostas, camarões, cracas, percebes, tatuís (Emerita brasiliensis, que vivem enterrados nas areias das praias do Brasil), os siris e os caranguejos, mas também existem crustáceos de água doce, como a pulga-d'água (Daphnia) e mesmo crustáceos terrestres como o bicho-de-conta.
Podem encontrar-se crustáceos em praticamente todos os ambientes do mundo, desde as fossas abissais dos oceanos até glaciares e lagoas temporárias dos desertos.
A maioria dos crustáceos é dióica, eles tem sexos separados, existem apêndices especializados para a reprodução; por exemplo, em decápodes podem se distinguir um par anterior de pleópodes como tendo função copulatória. Os ovários são semelhantes aos testículos em estrutura e localização. Algumas espécies apresentam mesmo dimorfismo sexual, não só em termos do tamanho, mas também de outras características: no caranguejo de mangal, Scylla serrata, uma espécie abundante da região indo-pacífica, a fêmea é maior que o macho e têm o abdome mais largo, podendo assim incubar os ovos com maior segurança.
Durante a cópula, o macho transfere para a fêmea uma cápsula com os espermatozoides, denominada espermatóforo, que ela abre na altura em que liberta os óvulos, este espermatóforo é depositado na espermateca, que é uma espécie de receptáculo seminal, os ovidutos em alguns grupos conectam diretamente com as espermatecas, e usam suas aberturas como gonóporos. A cópula pode ser precedida por comportamentos de corte, principalmente em alguns decápodes, por exemplo, o Caranguejo-Eremita, macho segura a fêmea com um quelípede e bate atingindo-a com o outro, ou puxando-a para frente e para trás. Os sexos também podem se atrair por meio de feromônios. Os ovos são centrolécitos; nesse tipo de ovo, o núcleo é circundado por uma pequena “ilha” de citoplasma não-gemado no meio de uma grande massa de gema. A clivagem é superficial. Os ovos são muitas vezes incubados pela fêmea até o embrião estar totalmente formado, não sendo incomum encontrar camarões e caranguejos com ovos presos às patas abdominais. Os ovos geralmente libertam larvas chamadas de Náuplio que são pelágicas, fazendo parte do zooplâncton.
Podem encontrar-se crustáceos em praticamente todos os ambientes do mundo, desde as fossas abissais dos oceanos até glaciares e lagoas temporárias dos desertos.
A maioria dos crustáceos é dióica, eles tem sexos separados, existem apêndices especializados para a reprodução; por exemplo, em decápodes podem se distinguir um par anterior de pleópodes como tendo função copulatória. Os ovários são semelhantes aos testículos em estrutura e localização. Algumas espécies apresentam mesmo dimorfismo sexual, não só em termos do tamanho, mas também de outras características: no caranguejo de mangal, Scylla serrata, uma espécie abundante da região indo-pacífica, a fêmea é maior que o macho e têm o abdome mais largo, podendo assim incubar os ovos com maior segurança.
Durante a cópula, o macho transfere para a fêmea uma cápsula com os espermatozoides, denominada espermatóforo, que ela abre na altura em que liberta os óvulos, este espermatóforo é depositado na espermateca, que é uma espécie de receptáculo seminal, os ovidutos em alguns grupos conectam diretamente com as espermatecas, e usam suas aberturas como gonóporos. A cópula pode ser precedida por comportamentos de corte, principalmente em alguns decápodes, por exemplo, o Caranguejo-Eremita, macho segura a fêmea com um quelípede e bate atingindo-a com o outro, ou puxando-a para frente e para trás. Os sexos também podem se atrair por meio de feromônios. Os ovos são centrolécitos; nesse tipo de ovo, o núcleo é circundado por uma pequena “ilha” de citoplasma não-gemado no meio de uma grande massa de gema. A clivagem é superficial. Os ovos são muitas vezes incubados pela fêmea até o embrião estar totalmente formado, não sendo incomum encontrar camarões e caranguejos com ovos presos às patas abdominais. Os ovos geralmente libertam larvas chamadas de Náuplio que são pelágicas, fazendo parte do zooplâncton.
Quilópodes e Diplópodes
Quilópodes
Os quilópodes, centípedes ou centopeias são organismos da classe Chilopoda do filo dos artrópodes que inclui centopeias e lacraias. São animais de rápida locomoção, carnívoros e não se enrolam.
Quilópodes ou centípedes ou centopeias apresentam entre 15 e 191 pares de pernas dependendo de espécie e tamanho, o número de pernas é sempre ímpar e por isso nenhum tem exatamente 100, a maioria das espécies de centopeias de grande porte utiliza destas patas como forma para mergulhar na terra, e como poucos insetos rastejantes, ela tapa o buraco que faz na terra sempre ao passar, como forma de defesa.
Os quilópodes, em conjunto com os diplópodes, são os miriápodes mais familiares. Estão distribuídos cosmopolitamente nas regiões temperadas e tropicais desde o nível do mar até altas elevações no solo e no húmus; embaixo de pedras, cascas de árvores e troncos e em cavernas e musgos. A maioria é noturna e alguns vivem na zona entre marés.
Os quilópodes são predadores providos de uma garra com veneno. O veneno não representa qualquer perigo ao ser humano, a não ser em caso de reação alérgica.
A maioria das espécies medem entre três e seis cm de comprimento, mas algumas como a Scolopendra gigantea podem atingir os 30 cm. Os quilópodes possuem um par de antenas, no mínimo, 12 ou mais pares de pernas locomotoras, a cabeça está recoberta por um escudo cefálico rígido e esclerotizado. São trignatos(três mandíbulas), geralmente apresentam conjuntos laterais de olhos frouxamente agrupados, podem ser cegos (geofilomorfos) ou com omatídios muito próximos entre si, formando olhos pseudofacetados (escutigeromorfos). Possuem uma garra de veneno no primeiro segmento do corpo chamada de forcípulas que se conecta por um ducto a uma glândula de veneno localizada no telopodito (porção móvel de um apêndice), são exclusivas entre os miriápodes com os quais injetam seu veneno nas presas. O seu veneno não é perigoso para o Homem, nem para as crianças pequenas a não ser em casos de reações alérgicas. As pernas anais, encontradas no último segmento do tronco, não apresentam função locomotora e sim de defesa, ataque ou sensitiva, podendo ter formas de pinça ou de antena.
Diplópodes
Diplópode (ou diplópodo, milípede ) é qualquer organismo da classe Diplopoda do filo dos Artrópodes (no sul de Moçambique, congolote). São vulgarmente conhecidos em Portugal por maria-cafés (na Madeira por bichos-de-vaca ou vacas pretas). O piolho-de-cobra é o mais conhecido dos diplópodes.
São animais herbívoros (Diferentemente dos Quilópodes) e detritívoros, isto é, se alimentam de detritos, como matéria vegetal morta. Quando se sentem ameaçados, os diplópodes enrolam-se, fingindo-se de mortos. Em outras situações, eliminam substâncias repelentes que afastam predadores, como o cianeto de hidrogênio. O corpo dos diplópodes é dividido somente em cabeça pequeno tórax e um longo abdome segmentado.
Possuem um corpo cilíndrico, com um par de antenas, olhos simples e dois pares de patas locomotoras por segmento (que podem variar de 20 a 100) e seu sistema respiratório é traqueal. Sua reprodução é sexuada. Todos os diplópodes são ovíparos.
Os quilópodes, centípedes ou centopeias são organismos da classe Chilopoda do filo dos artrópodes que inclui centopeias e lacraias. São animais de rápida locomoção, carnívoros e não se enrolam.
Quilópodes ou centípedes ou centopeias apresentam entre 15 e 191 pares de pernas dependendo de espécie e tamanho, o número de pernas é sempre ímpar e por isso nenhum tem exatamente 100, a maioria das espécies de centopeias de grande porte utiliza destas patas como forma para mergulhar na terra, e como poucos insetos rastejantes, ela tapa o buraco que faz na terra sempre ao passar, como forma de defesa.
Os quilópodes, em conjunto com os diplópodes, são os miriápodes mais familiares. Estão distribuídos cosmopolitamente nas regiões temperadas e tropicais desde o nível do mar até altas elevações no solo e no húmus; embaixo de pedras, cascas de árvores e troncos e em cavernas e musgos. A maioria é noturna e alguns vivem na zona entre marés.
Os quilópodes são predadores providos de uma garra com veneno. O veneno não representa qualquer perigo ao ser humano, a não ser em caso de reação alérgica.
A maioria das espécies medem entre três e seis cm de comprimento, mas algumas como a Scolopendra gigantea podem atingir os 30 cm. Os quilópodes possuem um par de antenas, no mínimo, 12 ou mais pares de pernas locomotoras, a cabeça está recoberta por um escudo cefálico rígido e esclerotizado. São trignatos(três mandíbulas), geralmente apresentam conjuntos laterais de olhos frouxamente agrupados, podem ser cegos (geofilomorfos) ou com omatídios muito próximos entre si, formando olhos pseudofacetados (escutigeromorfos). Possuem uma garra de veneno no primeiro segmento do corpo chamada de forcípulas que se conecta por um ducto a uma glândula de veneno localizada no telopodito (porção móvel de um apêndice), são exclusivas entre os miriápodes com os quais injetam seu veneno nas presas. O seu veneno não é perigoso para o Homem, nem para as crianças pequenas a não ser em casos de reações alérgicas. As pernas anais, encontradas no último segmento do tronco, não apresentam função locomotora e sim de defesa, ataque ou sensitiva, podendo ter formas de pinça ou de antena.
Diplópodes
Diplópode (ou diplópodo, milípede ) é qualquer organismo da classe Diplopoda do filo dos Artrópodes (no sul de Moçambique, congolote). São vulgarmente conhecidos em Portugal por maria-cafés (na Madeira por bichos-de-vaca ou vacas pretas). O piolho-de-cobra é o mais conhecido dos diplópodes.
São animais herbívoros (Diferentemente dos Quilópodes) e detritívoros, isto é, se alimentam de detritos, como matéria vegetal morta. Quando se sentem ameaçados, os diplópodes enrolam-se, fingindo-se de mortos. Em outras situações, eliminam substâncias repelentes que afastam predadores, como o cianeto de hidrogênio. O corpo dos diplópodes é dividido somente em cabeça pequeno tórax e um longo abdome segmentado.
Possuem um corpo cilíndrico, com um par de antenas, olhos simples e dois pares de patas locomotoras por segmento (que podem variar de 20 a 100) e seu sistema respiratório é traqueal. Sua reprodução é sexuada. Todos os diplópodes são ovíparos.
Aracnídeos
Os aracnídeos (Arachnida) são uma classe do filo dos artrópodes que inclui, dentre outros, aranhas, carrapatos, ácaros, opiliões e escorpiões, compreendendo mais de 60.000 espécies. O nome desta classe tem origem na figura da mitologia grega Arachne, por que as aranhas foram os primeiros membros a pertencer a esta classe. Quase todas as espécies são animais terrestres.
Possuem quatro pares de patas inseridas no cefalotórax (prossoma), que é coberto por uma carapaça quitinosa, um par de apêndices modificado em quelícera que pode ser disposta de modo paraxial ou diaxial, um par de pedipalpos que variam em forma dependendo da ordem e com funções diferenciadas, sem antenas, abdome (opistossoma) sem divisão definida. Podem haver particularidades, como no caso das aranhas, com a presença de fiandeiras que são utilizadas para a produção de seda e os escorpiões com a presença do aguilhão no último segmento do abdome.
Os aracnídeos são dióicos e reproduzem-se por fecundação interna, e produzem ovos, de onde saem indivíduos imaturos, mas semelhantes aos progenitores (sem metamorfoses). Os pedipalpos nas aranhas, podem ser modificados nos machos possuindo bulbos se enchem de esperma funcionando como órgão copulador. Em algumas espécies de aracnídeos, por exemplo os escorpiões, também é utilizado o espermatóforo, que são “pacotes de espermatozóides”, sendo que o macho deve atrair a fêmea até o espermatóforo para que ocorra a fecundação. Nos escorpiões, a abertura genital fica ao lado dos pentes, podendo ter relação com a reprodução (percebe também estímulos sexuais); Na hora da reprodução mantêm uma certa distância por causa dos ferimentos que podem ser causados pelo aguilhão (imune ao próprio veneno); O macho do escorpião produz um espermatóforo (cápsula) e conduz a fêmea para que ela possa se fecundar (reprodução indireta); Nas aranhas, depois de nascidos, os filhotes se depositam sobre a fêmea; Pode-se ter casos de teia comunitária para os filhotes. Existem espécies de aranhas que, depois do acasalamento, o macho tem que dar de "presente" um inseto a fêmea ou será morto por ela. Após ganhar o presente a aranha fêmea enrola o inseto nas teias e o macho foge. O Filo Arthropoda abriga, entre outros, o Subfilo Chelicerata.
Indivíduos desse grupo apresentam, geralmente, corpo dividido em cefalotórax e abdome. Possuem um par de quelíceras, quatro pares de pernas, olhos simples e órgãos táteis e olfativos. Além disso, não possuem antenas nem mandíbulas.
Os quelicerados são classificados em algumas classes, sendo a Arachnida uma delas. Nesta, escorpiões, aranhas, opiliões, ácaros e carrapatos são seus representantes. Quase em sua totalidade, os indivíduos desta classe são terrestres.
Carrapatos e opiliões possuem o cefalotórax e abdome fundidos. Nas aranhas, há fiandeiras nesta região que são responsáveis pela confecção de suas teias. Escorpiões têm pré-abdomen e pós-abdomen (ou cauda): é na extremidade deste último onde se localiza o aguilhão, região onde o veneno é armazenado.
O segundo par de pernas dos opiliões funciona como antenas, usadas para reconhecer o ambiente. A maioria destes é onívora, manipulando os alimentos com o auxílio de quelíceras e pedipalpos. Essas últimas estruturas são apêndices sensoriais que, nos escorpiões, são utilizadas como preensoras e, em alguns machos desta classe, pode atuar como órgãos de cópula.
Escorpiões, opiliões e aranhas têm digestão extracorpórea, secretando enzimas digestivas no alimento para depois sugá-lo. Carrapatos são, geralmente, hematófagos. Ácaros podem ser herbívoros ou detritívoros, se alimentam de escamas de pele.
Esses animais segmentados têm respiração traqueal, sendo que algumas aranhas maiores possuem esta estrutura modificada (filotraqueia). A excreção é feita via túbulos de Malpighi, sendo eliminada pelas glândulas coxais.
A reprodução da maioria destes animais é sexuada, com fecundação interna. Aranhas, escorpiões e opiliões têm desenvolvimento direto. Ácaros ,tem desenvolvimentos indiretos.
Possuem quatro pares de patas inseridas no cefalotórax (prossoma), que é coberto por uma carapaça quitinosa, um par de apêndices modificado em quelícera que pode ser disposta de modo paraxial ou diaxial, um par de pedipalpos que variam em forma dependendo da ordem e com funções diferenciadas, sem antenas, abdome (opistossoma) sem divisão definida. Podem haver particularidades, como no caso das aranhas, com a presença de fiandeiras que são utilizadas para a produção de seda e os escorpiões com a presença do aguilhão no último segmento do abdome.
Os aracnídeos são dióicos e reproduzem-se por fecundação interna, e produzem ovos, de onde saem indivíduos imaturos, mas semelhantes aos progenitores (sem metamorfoses). Os pedipalpos nas aranhas, podem ser modificados nos machos possuindo bulbos se enchem de esperma funcionando como órgão copulador. Em algumas espécies de aracnídeos, por exemplo os escorpiões, também é utilizado o espermatóforo, que são “pacotes de espermatozóides”, sendo que o macho deve atrair a fêmea até o espermatóforo para que ocorra a fecundação. Nos escorpiões, a abertura genital fica ao lado dos pentes, podendo ter relação com a reprodução (percebe também estímulos sexuais); Na hora da reprodução mantêm uma certa distância por causa dos ferimentos que podem ser causados pelo aguilhão (imune ao próprio veneno); O macho do escorpião produz um espermatóforo (cápsula) e conduz a fêmea para que ela possa se fecundar (reprodução indireta); Nas aranhas, depois de nascidos, os filhotes se depositam sobre a fêmea; Pode-se ter casos de teia comunitária para os filhotes. Existem espécies de aranhas que, depois do acasalamento, o macho tem que dar de "presente" um inseto a fêmea ou será morto por ela. Após ganhar o presente a aranha fêmea enrola o inseto nas teias e o macho foge. O Filo Arthropoda abriga, entre outros, o Subfilo Chelicerata.
Indivíduos desse grupo apresentam, geralmente, corpo dividido em cefalotórax e abdome. Possuem um par de quelíceras, quatro pares de pernas, olhos simples e órgãos táteis e olfativos. Além disso, não possuem antenas nem mandíbulas.
Os quelicerados são classificados em algumas classes, sendo a Arachnida uma delas. Nesta, escorpiões, aranhas, opiliões, ácaros e carrapatos são seus representantes. Quase em sua totalidade, os indivíduos desta classe são terrestres.
Carrapatos e opiliões possuem o cefalotórax e abdome fundidos. Nas aranhas, há fiandeiras nesta região que são responsáveis pela confecção de suas teias. Escorpiões têm pré-abdomen e pós-abdomen (ou cauda): é na extremidade deste último onde se localiza o aguilhão, região onde o veneno é armazenado.
O segundo par de pernas dos opiliões funciona como antenas, usadas para reconhecer o ambiente. A maioria destes é onívora, manipulando os alimentos com o auxílio de quelíceras e pedipalpos. Essas últimas estruturas são apêndices sensoriais que, nos escorpiões, são utilizadas como preensoras e, em alguns machos desta classe, pode atuar como órgãos de cópula.
Escorpiões, opiliões e aranhas têm digestão extracorpórea, secretando enzimas digestivas no alimento para depois sugá-lo. Carrapatos são, geralmente, hematófagos. Ácaros podem ser herbívoros ou detritívoros, se alimentam de escamas de pele.
Esses animais segmentados têm respiração traqueal, sendo que algumas aranhas maiores possuem esta estrutura modificada (filotraqueia). A excreção é feita via túbulos de Malpighi, sendo eliminada pelas glândulas coxais.
A reprodução da maioria destes animais é sexuada, com fecundação interna. Aranhas, escorpiões e opiliões têm desenvolvimento direto. Ácaros ,tem desenvolvimentos indiretos.
Insetos
Os insetos são invertebrados com exoesqueleto quitinoso, corpo dividido em três segmentos (cabeça, tórax e abdómen), três pares de patas articuladas, olhos compostos e duas antenas. Seu nome vem do latim insectum. Pertencem à classe Insecta e compõem o maior e mais largamente distribuído grupo de animais do filo Arthropoda e, consequentemente, dentre todos os animais. A ciência que se dedica a estudar os insetos é conhecida como Entomologia.
Os insetos são o grupo de animais mais diversificado existente na Terra. Embora não haja um consenso entre os entomologistas, estima-se que existam de 5 a 10 milhões de espécies diferentes, sendo que quase 1 milhão destas espécies já foram catalogadas. Os insetos podem ser encontrados em quase todos os ecossistemas do planeta, mas só um pequeno número de espécies se adaptaram à vida nos oceanos. Existem aproximadamente 5 mil espécies de Odonata (libelinhas), 20 mil de Orthoptera (gafanhotos e grilos), 170 mil de Lepidópteros (borboletas), 120 mil de Dípteros (moscas), 82 mil de Hemipteros (percevejos e afídeos), 350 mil de Coleópteros (besouros) e 110 mil de Hymenópteros (abelhas, vespas e formigas).
A grande maioria dos insetos nascem a partir de ovos depositados por sua genitora em locais propícios ao seu desenvolvimento (como em plantas) — o que os classifica como sendo ovíparos. Entretanto, existem casos em que certas espécies de insetos (como a barata Blatella germanica) nascem imediatamente após a postura dos ovos, o que classifica a tais como sendo ovovivíparos. Também existem algumas espécies que são consideradas vivíparas, como é frequente nos pulgões, onde os insetos recém-nascidos saem dos ovos ainda dentro do corpo da mãe. Em certas espécies de vespas parasitas, identifica-se o fenômeno da poliembrionia, onde um único óvulo fertilizado se divide em muitos, em alguns casos, até mesmo milhares de embriões distintos.
Outras variações de reprodução e desenvolvimento nos insetos podem ser: haplodiploidia, polimorfismo, pedomorfose, dimorfismo sexual, partenogênese e, mais raramente hermafroditismo. Em haplodiploidia, que é um tipo de determinação do sexo num sistema, o sexo da prole é determinado pelo número de conjuntos de cromossomos que um indivíduo recebe. Este sistema peculiar é típico nos Himenópteros (abelhas, formigas e vespas).
Os insetos são o grupo de animais mais diversificado existente na Terra. Embora não haja um consenso entre os entomologistas, estima-se que existam de 5 a 10 milhões de espécies diferentes, sendo que quase 1 milhão destas espécies já foram catalogadas. Os insetos podem ser encontrados em quase todos os ecossistemas do planeta, mas só um pequeno número de espécies se adaptaram à vida nos oceanos. Existem aproximadamente 5 mil espécies de Odonata (libelinhas), 20 mil de Orthoptera (gafanhotos e grilos), 170 mil de Lepidópteros (borboletas), 120 mil de Dípteros (moscas), 82 mil de Hemipteros (percevejos e afídeos), 350 mil de Coleópteros (besouros) e 110 mil de Hymenópteros (abelhas, vespas e formigas).
A grande maioria dos insetos nascem a partir de ovos depositados por sua genitora em locais propícios ao seu desenvolvimento (como em plantas) — o que os classifica como sendo ovíparos. Entretanto, existem casos em que certas espécies de insetos (como a barata Blatella germanica) nascem imediatamente após a postura dos ovos, o que classifica a tais como sendo ovovivíparos. Também existem algumas espécies que são consideradas vivíparas, como é frequente nos pulgões, onde os insetos recém-nascidos saem dos ovos ainda dentro do corpo da mãe. Em certas espécies de vespas parasitas, identifica-se o fenômeno da poliembrionia, onde um único óvulo fertilizado se divide em muitos, em alguns casos, até mesmo milhares de embriões distintos.
Outras variações de reprodução e desenvolvimento nos insetos podem ser: haplodiploidia, polimorfismo, pedomorfose, dimorfismo sexual, partenogênese e, mais raramente hermafroditismo. Em haplodiploidia, que é um tipo de determinação do sexo num sistema, o sexo da prole é determinado pelo número de conjuntos de cromossomos que um indivíduo recebe. Este sistema peculiar é típico nos Himenópteros (abelhas, formigas e vespas).
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